Luis Gustavo Costa

quarta-feira, março 21, 2007

Pré-Fabricado.



















Tudo se inicia por planejamento,
mas, por falta de verba,
este projeto começou de surpresa
ou por necessidade de sonhar.

Há muitos dias
a realidade sufoca os sonhos.
Por que temos que sonhar?

Nele demarquei um mundo onde tudo pode,
onde eu posso tudo.
Tento buscar de demolições alguma coisa que preste,
mas o cupim acabou carcomendo algum esteio para base.

Quero tudo novo.
Material de primeira numa vida de segunda.
Odeio o domingo, por culpa de uma vida de segunda a sexta,
de só a Só.

Quero tudo novo.
Material de primeira numa vida de segunda.
Odeio o domingo, por culpa de uma vida de segunda,
de só a Só.

Então o sonho começa a ser construído,
de sol a sol.

Paredes pré-fabricadas não se encaixam,
mal fabricadas assim como a vida,
mas no catálogo,
propaganda colorida e atraente,
pareciam se encaixar perfeitamente

Se as peças não encaixam deixo-as soltas,
mas se as deixo soltas onde abro as janelas?
Senão há paredes, pra que janelas?

Procuro, procuro.
Cadê a chave da mudança?
Só vejo no varal camisas-pólos secarem.
Quero queimá-las.
Pego a caixa de fósforos.
Free – estava livre do vício do cigarro, mas acendo e ascendo com a fumaça.

Um dia eu acho a chave desaparecida!
A porta estava aberta, eu nunca percebi.
Ultimamente... ando esquecido.


Publicado no Naselva.com/civilizados

2 Comments:

At 3:08 PM, Anonymous Anônimo said...

Adoro este poema, Guto. A gente começa os projetos meio aos barrancos, a gente atropela sonhos e tudo às vezes fica disforme demais.

Beijos

Jana

 
At 3:21 AM, Anonymous Anônimo said...

Ola!
Parabens!
Gostariamos muito que escrevesse em nosso portal www.zigbr.com sobre qualquer assunto escolha o assunto obrigado
ficaremos muito felises com sua participação

 

Postar um comentário

<< Home